terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Auréola Negra. Capitulo 11 – Cadáver.


Entrei no quarto, e tranquei a porta.
O que era aquilo tudo? Meu Deus será mesmo que ele tinha voltado para me buscar? Depois que foi preso, saiu rumores de que vários capangas dele estavam vindo atrás de minha família, mas minha mãe se foi, meu irmão estava preso, e meu pai vinha para se vingar de mim, eu estava completamente ferrado. Eu sei que parecia um completo fracassado com medo do meu pai, mas ninguém imaginava do que ele era capaz de fazer comigo, agora, imagine hoje? Ele me odeia sem motivo algum, ele sempre me odiou. E aquilo me assustava. Completamente. 
Alguém bateu na porta do meu quarto.
-Abre, sou eu George! - Levei um susto quando ouvi a voz da diretora Mari. - Fiquei sabendo que você deu um tapa no rosto de Aluna Carly. Abra. 
Sabia, era tudo mentira, era só um motivo para me assustar, idiota, nunca, mas acreditarei nela. Vaca. 
-Já estou abrindo. - Abri a porta e quase cai pra traz. Não era a direto Mari. e sim uma mulher nervosa e brava. - O que...? - Ela pulou em meu pescoço, nós dois caímos no chão, ela por cima de mim tentando me enforcar e eu morrendo embaixo dela. - Meeee so-l-l-t-a , está m-e-e-e-e  - Virei meu corpo e fiz ela cair, pulei em cima dela e comecei a enforca-la , a mulher com o rosto da Diretora começou a gritar: 
"HAHAHAHAH ELE VAI VOLTAR GAROTO TOLO!!! ELE JÁ SABE ONDE VOCÊ ESTÁ, E VAI VIR ATRAZ DE VOCÊ E VAI MATA-LO. CUIDADO COM A ANJINHA GAROTO" no susto , bati a cabeça dela no chão com toda a força que tinha e ela apagou. Uma linha fininha de sangue começou a sair do canto de sua cabeça. Um sangue vivo, avermelhado, quente, delicioso. Quando me dei conta estava me aproximando do sangue, seu cheiro era doce, queria beber, queria sentir. 
-Ai meu Deus! - Levantei com um pulo, Angeline estava parada na porta, com as mãos na boca e completamente assustada. - Você a matou? 
- Claro que não... Quero dizer... – Gaguejava sem saber o que responder. - Acho que sim. 
- Mas... Mas como? Por quê? 
- Ela me atacou, queria me matar, foi em legitima defesa! Eu juro! 
-É tudo bem, então temos que nos livrar do corpo. – Disse Angeline para minha surpresa. – Hm... Eu pego os braços e você às pernas. 
- O que? Está louca? Não vou levar minha diretora para fora desce jeito. Ela está... Morta! Não posso... 
Angeline me interrompeu.
- Claro que pode porque você á matou. Agora pega as pernas dela e vamos. - Obedeci sem reclamar. Angeline pegou os braços e peguei as pernas dela. Há carregamos ate a porta, ela abriu e descemos as escadas em silencio. Abrimos à porta dos fundos da cantina e andamos para fora, deitei o corpo dela no chão para descansar as mãos. - Vamos descansar, essa vadia pesa. - Olhei para Angeline e tentei reconhecê-la, ainda era el , os cabelos longos e pretos, a pele branca, o sorriso encantador. Mas quando ela abria a boca, parecia um detento falando. Tudo bem que estávamos num "presídio", mas ela não era assim. 
- O que aconteceu com você? Parece... Diferente. - Pronto, falei. Ela me olhou e pegou novamente os braços da direta. 
- Anda matador, vamos logo com isso. 
Descemos uma pequena ladeira, ao lado do grande terreno da escola havia uma área aberta, com mato pra tudo quanto era lugar. A cerca elétrica estava desligada, Angeline andou até o final da cerca, onde ela dava uma curva e parou apontando para um buraco grande mas coberto com um arbusto .
- Eu que fiz. - Ela parecia orgulhosa disso. Passamos com todo o cuidado e depois passamos o corpo da diretora. Nunca tinha andado por ali, na verdade não gostava de andar para nenhum lugar ali. Simplesmente, ignorava o fato de que meu dormitório tinha porta, e que durante a semana tinha o sábado e o domingo. 
Depois de um trabalho complicado para vermos se nada de nossas roupas ou da roupa da diretora tinha ficado na cerca, continuamos andando, agora Angeline guiava e eu carregava o corpo pesado da diretora. O sangue pingava em meu braço, parecia uma tentação para mim, mas porque estava daquele jeito? Tudo bem que adorava filmes de terror com sangue e essas coisas bizarras, mas querer beber sangue de verdade, da minha direto que acabei que tinha acabado de matar já era loucura demais.
- Vem logo George. - Ela andou até o meio da floresta escura. 
- Por que você andava por aqui mesmo? 
- Só por andar, antes de nós nos conhecermos, me sentia sozinha mesmo com Carly ao meu lado, vinha aqui pensar na vida. 
- No meio de uma floresta? Sozinha? 
- Sim, com quem, mas eu iria vir? Com você? Eu te odiava. 
-Ta tudo bem. - Continuamos andando em silêncio. Chegamos próximo a um local escuro e molhado. 
- Tudo bem... Você faz as unhas? - Perguntou ela. 
-Que tipo de pergunta é essa? Mas é claro que não. 
-Ótimo, então, comece a cavar. - Ela sorriu e se sentou em uma pedra úmida. 
Abaixei-me e xinguei ela mentalmente. O que estava acontecendo? A Angeline normal ficaria assustada, completamente louca. Já essa está, estava mais calma do que nunca. 
- George... - Senti um vento gelado passar por mim.  – George... - Olhei para meu lado e parei. Não tinha ninguém. 
- Você ouviu? ... - Parei e olhei para Angeline. Ela acendia um cigarro. - Você fuma? 
- Só quando estou estressada. - Ela sorriu com sarcasmo. 
- Você não é a Angeline. 
-Claro que sou gatinho, agora cava. - Ela apontou um pedaço de madeira. Olhei o relógio marcavam meia noite e pouco. Peguei a madeira e comecei a furar o chão de terra. 

~x~ 


Depois de um bom tempo furando o chão em silêncio, olhei para Angeline , ela estava de cabeça baixa. O cigarro que começou a fumar estava no chão depois de uma tragada. Parei e sentei ao seu lado. 
- O que houve Angel? 
- Eu só... Só estou muito triste, tentei fumar para chamar a atenção e quando você me disse que não era eu, fiquei deprimida. Esse lugar, eu não sabia dele.  Foi a Carly que me trouxe aqui assim que cheguei. Ela que fez o buraco na cerca, estou fingindo desde quando entrei no seu quarto, estou com muito medo. Porque fez isso? 
 - Já expliquei. Foi em legitima defesa. Não queria matá-la. Eu só... Perdoe-me. Por Phellipa e por você está passando por isso tudo. 
- Está tudo bem. Eu vou estar ao seu lado, para o que der e vier. Somos namorados certo? - Olhei para ela e sorri. Peguei sua mão. A minha estava suja, mas ela não ligou. Me beijou e voltei a cutucar a terra. 
Quando acabei, coloquei cuidadosamente o corpo no buraco mal feito. Jogamos a terra sobre seu corpo. E fomos embora. Sabia que aquilo me perturbaria. Que iria me corroer por dentro, mas tinha que resolver a minha vida. E parecia que Carly sabia muito sobre ela. 

sábado, 22 de setembro de 2012

Auréola Negra. Capitulo 10 – Cantina paralisante.


- Angeline? Por que não vem pra cá? As batatas estão ótimas ! - Steven gritou alto para Angeline que estava olhando pela janela da cantina. 
Ela só sorriu. 
Levantei da mesa que estava com Steven e fui em direção a janela onde estava Angeline. Carly passou por mim com um enorme prato de rosquinhas adocicadas e coloridas, pareciam deliciosas. 
-Angeline, venha para mesa . A comida está ótima. - Passei a mão em seus cabelos e vi suas lagrimas. – Ei, ei, o que houve? 
-George você me traiu! - Arregalei os olhos e me assustei com a acusação. 
- O que? Nunca fiz isso Angeline. - Estava suando frio, será que Carly contará pra ela? 
- Sim! Fez sim! Com Felipa! Desgraçado! - Me sentia mal, nunca tinha contado aquilo a ela e deveria ter dito, mas como ela iria saber? 
- Eu deveria ter contado pra você, me desculpe, mas não fui eu que a beijei, ela pulou no meu colo e tentou me agarrar, mas eu não quis e... - Ela não deixou eu terminar
- Cala a boca!  Ainda tem coragem de mentir pra mim? - Ela tirou a Aliança que tinha dado a ela e jogou em mim com força. Saiu brava da cantina, batendo as portas. 
Não consegui me conter, peguei a aliança de prata e fui até a mesa onde estava Steven e Carly, os dois pareciam tensos. 
-Desgraçada! O que você disse para ela? - Gritei e apontei o dedo na cara de Carly, ela se assustou. 
- Do que está falando? - Ela parecia não entender. 
- IDIOTA! VOCÊ CONTOU SOBRE FELLIPA! - Parecia que minhas pernas tremiam. 
-Hey George calma. - Steven colocou a mão em meu peito para tentar me acalmar, mas tirei-a com força. 
-Essa, vaca falou tudo cara, tudo de Fellipa para Angeline! Eu vou mata-lá! - Dei a volta na mesa e lhe dei um tapa, ela caiu no chão choramingando e  Steven se levantou, mas quando tentou chegar até mim ele paralisou . - Steven? O que você? ... - Me aproximei, ele estava completamente paralisado, não mexia um músculo, não respirava... 
-Por favor, George, não seja tão apegado á ele. - Carly estava de pé, me olhando e sorrindo. - Faço um ótimo papel não acha? "Não fiz nada, eu não contei. Socorro, socorro ele me bateu" - Ela começou a correr e gritar pela cantina  em desespero .
- Como você fez isso? - Perguntei aquilo era impossível, ela paralisou Steven. 
- Até que não foi tão difícil, preciso falar com você. - Olhei para ela, seus olhos brilhavam com gosto e prazer.
- O que você quer? Quem é você? Onde está Carly? - Perguntei 
- Sou a Carly, a nojentinha que você sonha todas as noites. - Falou, andou até Steven e tocou em seu cabelo liso. - Tão charmoso, tão gentil, tão nojento e porco. Eu tenho nojo dele. 
-  Carly eu nunca faria isso com ele. Ele te ama. 
- E eu não o amo, sou eu George, pare de ser idiota. - Ela me olhava seria agora. 
- O que você quer? 
- Quero falar com você. 
-Sobre o que? Traga Steven de volta. 
-Não! Só quando você me ouvir. 
-Não vou ouvir você. - Corri para a porta da cantina e sai pelo internato a procura de alguém. Não encontrei ninguém. - Tem alguém ai? - Gritei desesperado.
- Ninguém vai te ouvir George. Todos estão... Dormindo. 
- Matou todos? - Gritei, mas alto na esperança de, mas alguém ouvir. 
- Ai ai , não tenho direito de mata-los George . Eles são... Meus amigos. Mas agora, estou aqui para explicar o que aconteceu. 
- Então fala e vai embora. - Disse. 
- George. Ele voltou. - Travei, estava tão estupefato quando Steven. 
- O que? Do que está falando? Não sei o que quer dizer. 
-Sabe sim. Ele voltou, e vai vir atrás de você, na verdade, ele já mandou seguidores. Steven e Angeline. 
- O que? Está se ouvindo? Ele... Ele é meu pai, nunca faria mal a mim. Ele está preso, eu sei que está. Ele... - Parei, lembrando da ultima vez que tinha visto meu pai. Ele estava cansado e com algemas no braço, policiais o seguravam com força e ele gritava que voltaria para me buscar. Algum dia... 
- George, não minta para si mesmo. Você sabe que ele é capaz e... 
-PARE! PARE AGORA! - Gritei. Ela estava com seus joguinhos comigo. - Escute bem Carly, não se aproxime de mim. Nem da Angeline. 
Ela parecia furiosa comigo por ter gritado com ela. 
-Tudo bem seu grande idiota. Então morra. Não vou ajudá-lo, enfrente-o sozinho. Ele vai acabar com você, vai fazer você sofrer. Vai matá-lo! 
- Acha que tenho medo de meu próprio pai? - Perguntei me tremendo por dentro. 
Ela se aproximou de mim, ficou a menos de 1 centímetro do meu rosto e falou: 
- Deveria ter medo dele. Já que ele vai deixar sua alma em pedacinhos. - e desapareceu na minha frente. Em segundos tudo voltou ao normal, varias pessoas apareceram ao meu redor me olhando feio, sai de perto delas e fui para meu quarto. 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Auréola Negra. Capitulo 9 – Sonho ou realidade?


Depois de uma longa conversa com Steven as coisas mudaram. Angeline parecia feliz, e eu estava tranquilo já que não via Carly já fazia um tempo.
- Hey cara? - Chamei Steven. - O que houve? Você esta péssimo! - Sua pele estava pálida, quase translúcida, em volta de seus olhos olheiras bem visíveis. Ele se deparou com meu olhar e sorriu. 
- Carly! - Parecia sentir falta dela. 
- Onde ela se enfiou desta vez? - Perguntei fingindo desinteresse, mas mal me aguentava! 
- Eu não sei direito, só acordei e ela tinha deixado um bilhete falando que tinha que resolver algumas coisas de família. 
- Achei que ela era órfã! - Falei.
- Bem, ela não é pelo visto. 
- E quando ela retorna? - Falei tentando tirar o clima tenso. Ele me olhou com um tom tipo "Por que tanto entese?”, mas acabou me respondendo.
-Seria ontem à noite, mas ainda não a vi. 


~x~


Depois que as aulas acabaram corri para meu quarto. Já eram mais de seis horas e quando cheguei ao corredor do meu quarto me perguntei se era hoje que eu morreria. O corredor estava completamente assustador, escuro e sombrio, aquilo era nevoeiro? 
Tomei coragem me alto ofendendo pensando que era Steven e fui para o quarto, pensando em tomar um banho, me arrumar e ver Angeline no refeitório. Mas quando toquei a maçaneta da porta senti que algo estava errado. Abri a porta devagar e olhei dentro do quarto e me senti um completo retardado! A cama, escrivaninha e a cômoda estavam em seus devidos lugares. Joguei a mochila no chão, tomei um banho e me enrolei na toalha. Antes mesmo da minha mão encostar no interruptor, as luzes se ascenderam, mas não foi isso que me assustou, vi Carly sentada em minha cama com as pernas cruzadas e lixando a unha. 
- Idiota, que susto! - Falei. Quase deixando minha toalha cair. - O que faz aqui? Como entrou? E o que faz ai sentada em minha cama? 
-Precisamos conversar. - Falou ela ainda concentrada nas unhas. 
- Não, nem pensar, Steven sim precisa conversar com você, na verdade ele precisa de você. 
- Ele pode esperar mais alguns minutos. - Disse ela finalmente olhando para mim.
- Fala logo. 
- Bem, há alguns dias você viu algo que não devia, e queria saber se você não contou a ninguém. - Sabia que eu estava fazendo cara de tipo “morre garota”, mas não fiz nenhum esforço para tira-lá.
- Ah claro que sim, mandei um e-mail para todos contando que vi você lutar contra zumbis ou sei lá o que é aquilo e me salvou! - Falei com todo o sarcasmo do mundo.
- Para se ser idiota! Se contar pra alguém eu quebro sua cabeça no meio entendeu? - falou ela com raiva.
- Ai meu Deus, vou sair correndo e contar pra diretora de tanto medo! Agora sai. - Falei indo em direção a porta, mas Carly foi, mas rápida e a trancou.
- Que tal um acordo? - Perguntou ela com um olhar malicioso. 
- Não, abre. - Falei secamente.
- Vai, só escuta. - Ela deixou a alça do vestido cair e vi a alça do seu sutiã com uma florzinha sensual. 
Ela sorriu. 
- Olha, eu sei que as coisas estão difíceis com você e Angel, mas acho que posso melhorar pra você. - Ela se afastou, e abriu os fechos do vestido, deixando seu corpo incrível a mostra e sua bela lingerie aparecer. - Então, o que acha? - Perguntou ela com um sorriso saliente.
- Cla-Cla ... Quero dizer, não posso respeito muito Angeline para fazer algo assim com ela. - Respirei bem fundo já que se olha-se para ela, tinha certeza que acabaria perdendo o controle. 
Ela andava em volta de mim, passando seu dedo em meu peitoral. 
- Até fiquei impressionada, você é bem forte não ? – O que ela queria dizer com aquilo? 
- Carly, não. - Eu parecia um boneco idiota falando, falando e falando, ela não dava a mínima. 
Ela continuava me rondando, aquilo de algum jeito era bem legal. Mas tinha Angeline e tenho certeza que ela ficaria completamente chateada comigo, e imagina Steven? Ele me mataria na primeira oportunidade. Mas Carly era tão tentadora, muito mesmo, e uma vez acho que não faria ma... O que? Pare George, ela é namorada do seu irmão, isso não! 
- Não conto se você não contar, é uma promessa. - Foi o que precisei, puxei Carly pela cintura e a levantei pelas pernas a prendendo em meu colo e começando a beijar seu pescoço. A levei até cama, ela ainda no meu colo me sentei cuidadosamente, ela puxou meu rosto e me beijou calorosamente me deixando com vontade de quero mais. Eu e Angeline já tentamos chegar aos finalmente algumas vezes, mas nada de dar certo,  era incrivelmente bom e o que me impressionava era porque estava fazendo aquilo com Carly.  Era proibido? Sim, mas o proibido sempre era melhor. Lutar contra as minhas forças? Carly era minha "cripitonita”. Angeline? Steven? Não sabia quem eram naquele momento. Carly agora era minha meta de vida, e eu acabara de conquista. 
- George? - A voz pairava sobre minha mente. - Hey! acorada! - Abri os olhos e vi Angeline me olhando brava. 
- Oi coraçãozinho. - Falei completamente sem jeito, já que estava sonhando com a melhor amiga dela. Espera, Era um sonho? 
- Anda logo se arruma e vamos. 

~x~


Vinte minutos depois estava pronto e a culpa me corroia por dentro. 
-Hey cara! - Steven vinha em minha direção, perfeitamente bem. - Que saudades mano! - Ele pulou no meu colo e me abraçou. 
- Cara que viadagem é essa? Me solta! - Sacudia meus braços e pernas, mas ele colou em mim. 
- Ai amiga que saudades! - Angeline correu e abraçou Carly, fiquei sem jeito quando a vi. 
Finalmente Steven me largou, olhei Carly e corei. 
- Oi George. - Ela falou, soltando um sorrisinho falso. 
- Sabia que nem senti sua falta? - Falei com tom de deboche.
Angeline passou por mim e não falou nada, Steven foi atrás dela com um sorriso enorme. Eu e a Carly nos olhamos, ela passou do meu lado e com toda a descrição me passando um pequeno papelzinho.
"Não conto se você não contar, é uma promessa "
Li e reli mais uma vez e joguei o papelzinho fora. Me senti um homem morto. 

domingo, 1 de julho de 2012

Auréola Negra. Capitulo 8 – Confuso.




Seu toque me chamou de volta a vida, ela estava lá, olhando para mim, com seus olhos claros e seus cabelos loiros que me hipnotizavam por completo, seu cheiro me fez despertar do sono profundo que entrará a poucos segundos, então era assim que Steven se sentia quando tocava em Cayle? Porque é isso que sinto. Na verdade nunca fiquei tão perto dela como agora, mas era bom, senti-la daquela forma perfeita, sem medo de nos separar por brigas ou palavrões, ela simplesmente me prendeu com o olhar. Mas infelizmente o momento perfeito foi interrompido, um grito ensurdecedor chamou sua atenção para a o lado. 
Os monstros, lembrei, mas não conseguia me levantar e protege-la, mas acho que ela não precisava , já que lutava com eles , sem ao menos suar , eles eram fortes , muito fortes mas Cayle era mais , muito mais. Suas mãos faziam armas com qualquer coisa que ela via matando aquelas aberrações estranhas que me assustava, por dentro fiquei meio triste por não ter a mesma capacidade dela, mas por fora estava perplexo com seus movimentos de luta perfeitos, a sala em minutos foi destruída e quando ela terminou, ela focalizou em mim, jogado no chão como um completo retardado, de queixo caído e olhos com lagrimas, implorando por seu toque novamente. Droga, o que era aquilo? Em segundos ela sorriu e saiu pela porta fugindo pelo corredor, e me deixando. Ela era perfeita, como sempre Steven tinha razão. 
~x~

Quando as aulas acabaram, me aliviei completamente já que estava tenso por conta do que tinha visto mais cedo, o que tinha acontecido? Quando estava levantando do chão depois de toda a cena, todos que estavam como aberrações antes entraram na sala e me ignoraram por completo, apenas percebi alguns olhares de lado, mas nada mais do que isso. Cayle era uma lutadora, certo! Mas porque me protegeu? Ela me odeia não? Parei de me fazer perguntas que nunca teria a resposta, ao menos que eu me encontra-se com ela, isso seria uma boa, mas agora não dava, marquei de me encontrar Angeline em um lugar sozinho. Sem que ninguém fica-se em nosso pé, nos enchendo o saco. Ufa... Foi à única coisa que consegui entender depois dos turbilhões de perguntas e devaneios depois das oito aulas seguidas do dia. O sol já estava sumindo e eu indo encontra a mulher da minha vida, sem duvida alguma.
Ela estava lá, bela como sempre, sem nenhuma imperfeição, sentada no gramado olhando o por do sol.
- Oi meu amor! - A abracei por traz e ela se assustou, mas antes de ver meu rosto ela parecia preocupada. - Eu te amo. - Gostava de dizer aquilo para ela.
- Eu também te amo muito. - Disse ela para mim, gostava mais ainda de ouvir. 
Sorri por alguns minutos antes de olhar para ela e beija-la com força, estava com saudades dela, mesmo a vendo todos os dias hoje é diferente, a cada dia amava ela mais e mais, e aquilo às vezes parecia que a sufocava, mas sinceramente ela nunca disse para mim. 
Passamos o resto da tarde deitados sem falar muita coisa, não contei para ela o que tinha acontecido na primeira aula, mas ela perguntou do hematoma que estava estampado em meu rosto. Falei que tinha caído no futebol, que estavam judiando de mim e ela pareceu acreditar. 
- Amor? - Ela me chamou 
- Sim? - Respondi quanto mais desconfiado. 
- Como veio parar aqui? - Ela estava com a cabeça deitada em meu colo, eu a levantei e me sentei corretamente. Aquilo não era um assunto fácil de conversar com algumas pessoas. Na verdade, nenhuma acreditava em minha versão. Acho que ela percebeu que não era o assunto para ser tratado assim. Então serviu, mas um pedaço de torta tentando mudar de assunto. Precisava fala para ela de um jeito ou outro. Então que bom que ela começou.
- Tinha dez anos, pelo o que me lembro eu era feliz, minha família era somente eu minha mãe e meu irmão. Mas depois de algum tempo isso mudou, meu irmão sumiu, nunca mais voltou, e minha mãe estava louca. Uma noite, no meu aniversario de dez anos, minha mãe fez um bolinho , simples só para mim e ela. A única coisa que lembro é ela cantando uma canção de ninar, que sempre reclamava, mas aquela noite não, tudo estava calmo de mais, feliz demais, e não era normal. Quando acordei, estava deitado sobre o corpo de minha mãe, com uma faca na mão e sujo se sangue. E minha mãe morta. - Comecei a chorar, as lembranças daquela noite vieram como um tiro em meu peito.  Ela me abraçou , tentando me reconfortar. 
- Me desculpe, não devia ter tocado neste assunto. - Seu abraço me tranquilizou e sabia que estava protegido ao seu lado. - E você? - Perguntei descaradamente, sem ao menos disfarçar. Já estava curioso há tempos e aquilo seria a iniciativa de confiança do dois lados.
- Há algum tempo atrás, tinha fortes dores de cabeça, que me faziam desmaiar de dor. E às vezes enquanto estava apagada coisas aconteciam, umas noites eu me cortava - Ela levantou a manga da blusa de frio e me mostrou a cicatriz, tão pálida quanto sua pele.- Um dia cheguei da escola e esta dor de cabeça estava muito forte mesmo. Não conseguia nem andar, meu pai me levou no colo até o carro, como você eu havia apagado, mas quando acordei... – Ela olhava ainda para a cicatriz. - Quando acordei estava na sala do medico, sozinha deitada na maca. Comecei a andar pelo hospital, encontrei vários corpos banhados em sangue, comecei a chorar desesperada, e pedia ajuda, mas quando me olhei em um espelho qualquer, vi minha roupa suja de sangue e uma arma em minha mão. E a segurava com precisão, como se tivesse habilidade com isso. Em poucos minutos os policiais chegaram e concluíram. Foi assim. George, não pode ser! Eu não matei todas aquelas pessoas, não pode ser. - Vi uma lagrima cair em seu rosto.
- George, não me deixe por isso. - Me assustei com sua teoria boba, como iria deixá-la? 



- Eu te amo, nunca a deixaria. - Falei, mas estava com tanto medo quando ela.
                               ~x~

Depois de ter deixado Angeline em seu quarto, fui para o meu, e pela primeira vez agradeci por ter este quarto isolado.
Deitei na cama e tentei dormir, mas algo não deixava, sentia alguém me observando mais sabia que não havia ninguém ali no quarto. 
- GEORGEEEEEE - Pulei da cama e me assustei, alguém batia forte na porta de meu quarto e eu não queria saber, não abriria aquela porta por nada. A pessoa do outro lado continuava gritando e não desistiu, começou a jogar seu corpo contar a porta até abri-la com força.
- Droga cara porque não abriu tô ferrado à diretora ta atrás de mim! - Steven estava procurando algum lugar para se esconder. - Me ajuda idiota.- Só pensei em uma coisa, fechei a porta sem ele perceber e o prendi contra a parede .
- Filho de uma puta, desgraçado! - Dei um soco em seu rosto e balancei a mão de dor. - Como pode me colocar numa fria daquela? - Dei um chute em seu estomago.
- Filho da mãe - Ele pulou em cima das minhas costas e começou a me socar. Senti o gosto de ferrugem em minha boca e o fiz me soltar o empurrando contra a cômoda. 
- Merda cara você me fez sangrar! - Falei. 
- E olha pra mim, vai ficar um puta roxo no meu olho ! 
Nos olhamos e começamos a rir! 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Auréola Negra. Capitulo 7 – Inesperado.


Observei o lugar e não me senti bem. O pequeno cômodo se apertava dividindo uma cama pequena, uma cômoda sem nenhum tipo de cor aparente, e um banheiro que bem, parecia que não limpavam há um tempo já que vinha um cheiro forte e desagradável de lá. A diretora não quis que eu parasse de frequentar as aulas já que a escola completava 250 anos e tinha uma rica e historia e blá blá blá... Esse foi o sermão que a diretora me deu, fiquei impressionado com a cara-de-pau dela de não ligar para situação em si, e tentar cobrir o assunto com festinhas e algo do tipo.
Joguei a mochila no chão e me espalhei na pequena cama que não chegava aos meus pés procurei o coberto que disfarçava o colchão furado e me cobri até a cabeça e chorei até cair no sono.

                                                           -x-


Acordei cedo demais, olhei para meu relógio de pulso e vi que ainda marcava 4 horas da manhã, respirei fundo e fui para o banheiro que cheirava mal, lavei meu rosto no chuveiro (não confiava na pia), penteei os cabelos e me vesti, a aula começava as sete mais nada como uma caminhada matinal para me deixar mais desperto.
Desci as escadas em silêncio com a mochila nas costas, o corredor grande que apareceu a minha frente dava acesso a varias instalações da escola, como o quarto das meninas e meninos, banheiros, a enorme cozinha e o lanchonete. Fui para o corredor direito (o corredor dos dormitórios femininos) e andei com calma procurando o quarto de Angeline, contei os números e vi a porta do quarto cheia de brilhos e coisas chamativas, desenhos e meu nome e o nome dela com uma bela escrita e embaixo uma carinha feliz onde foi riscado de caneta vermelha e passado por cima de caneta preta um palavrão. Parece que algumas garotas revoltadas passaram por aqui.
Bati na porta e esperei, ela a abriu, seus olhos estavam inchados e vermelhos ela me abraçou e me beijou me puxando para o quarto.
- O que houve Angel?- Perguntei preocupado.
-Estava preocupada com você. - Reconheci a mentira em seu olhar, mas não queria pergunta a verdadeira realidade de seu choro, por medo da resposta.
-Estou bem, não se preocupe - Beijei sua testa. Olhei seus olhos e percebi que parecia melhor, que suas lagrimas pararam, mas me senti péssimo por não ser por mim e sim por outra coisa que ela chorava.
-Ok - falou ela - Peguei alguns filmes por não conseguir dormir... Vamos assistir um antes de dar o horário da primeira aula.
Deitamos na cama ela se aconchegou em meus braços e respirou fundo para sentir meu perfume, cobrindo nossos corpos.
- Onde está a loura burra?- Perguntei percebendo que ainda não tinha levado algo na cabeça ou sendo xingado.
-Pare, ela passou a noite com Steven .- Entortei a boca mais não falei nada.
Depois de um tempo assistindo um filme estúpido, comecei a perceber que a atuação de cada ator era péssima, então me concentrei na minha namorada.
-Angeline?-Chamei.
-Hmmm... - respondeu ela.
-Eu te amo. - Falei.
Ela ficou de frente para mim, a respiração acelerada, os olhos cheios de lagrimas.
-Eu também te amo. -Disse ela.
Ela sorriu , parecendo encabulada. Angeline começou a me beijar , calmamente , sem pressa alguma. Era bom , eu gostava de seu beijo doce . Suas mãos passaram pela minha barriga  , e tornaram a subir , passando a mão em meus braços, e pulando ligeiramente em cima de mim . As coisas ficaram serias a parti dai. Ela tirou minha blusa de frio e com agilidade tirei a dela . Vi sua pele se arrepiar quando beijei seu pescoço e seu sorriso quando passava a mão em sua barriga. Eu a amava!
-George? - Ela me chamava, mas não conseguia parar para olha-lá . - George ! - Ela soltou um gritinho agudo e me assustei . 
- O que? - Perguntei parecendo bravo . 
-Melhor não . Não agora. - Falou ela , puxando a coberta para cima dela.
- Por que não? Tem algo errado Angel? - Falei , sentindo o frio da manhã. 
- Acho que estamos adiantados de mais. Vamos esperar ok ? - Bufei, mas o que poderia fazer? 
- O.K .- Vesti minha blusa e sai do quarto

~x~

Fui direto para a sala do professor Caio entrei na sala e travei.
Observei cada pessoa e respirei fundo, eles me olhavam com nojo e desprezo, medo e ódio, e entendia o motivo daquilo, mas não queria acreditar, simplesmente fui para meu lugar e esperei a aula começar já que o professor não estava na sala. Um garoto alto, magro e de cabelos grandes até a metade do pescoço vinha em minha direção. Ele encostou o dedo em minha mesa me olhando perguntou.
-Como teve coragem?- Não consegui responder, seus olhos se encheram de raiva e perguntou novamente. -COMO TEVE CORAGEM? - novamente não respondi, sua respiração acelerou, seus lábios ficaram pretos, seus olhos vermelhos, e soltou um grito alto e forte que fez a sala nos olhar , com agilidade e rapidez ele puxou um bastão de basebol e levou até meu rosto com força fazendo os dois se chocarem e me derrubando no chão quase desmaiando, dei uma olhadela na sala e me apavorei, todos estavam com olhos vermelhos e lábios pretos, eles se aproximavam de mim aos poucos por um minuto pedi para apagar e nunca mais voltar à vida.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Que tal dar uma lida nesse livro aqui?

Quero indicar uma saga pra vocês lerem, é uma fonte de inspiração para esta história e também uma saga de se ler querendo mais e mais.
O nome da saga é HUSH HUSH, é um romance de tirar o fôlego, a história é narrada em primeira pessoa pela Nora, protagonista da série. Bom, e o Patch... Ele é o cara e um  anjo caído. Aqui no Brasil já temos os dois primeiros livros lançados, "Sussurro" e "Crescendo", o terceiro e ultimo livro (insira aqui meu desespero por querer mil livros dessa saga) "Silence" vai ser lançado 4 de outubro nos estados unidos aqui no Brasil sem informações sobre o lançamento, de qualquer forma vou trazer informações dessa e outras sagas para vocês! Essa é a primeira de muitas que vou indicar. Não sou boa em escrever resenhas então vou colocar informações abaixo sobre os livros:

 

 

 Sussurro
Becca Fitzpatrick

 

Apaixonar-se nunca foi tão fácil… nem tão mortal.
Nora é uma menina responsável. Aos 17 anos, ela tira boas notas e sempre avisa à mãe aonde vai e o que está fazendo. Nem mesmo garotos a fazem perder o foco nos estudos. Até porque, apesar das tentativas de sua melhor amiga, Vee, de lhe arrumar um pretendente, ela nunca se interessou por ninguém na escola. Pelo menos não até ela conhecer Patch, seu novo colega na aula de biologia. Patch parece estar em todos os lugares e saber tudo sobre ela. Seu jeito ao mesmo tempo sedutor e perigoso faz com que Nora fique imediatamente intrigada. E encantada.
É então que eventos estranhos começam a acontecer. Um homem usando uma máscara de esqui salta diante de seu carro, seu quarto é invadido e aparentemente alguém está tentando matá-la. Nora não sabe em quem confiar. Quando Vee conhece dois novos rapazes e tenta arranjar um encontro, as coisas só pioram. Nora está assustada a maior parte do tempo. Patch é o da máscara de esqui? Ou será Elliot, o novo garoto com quem Vee quer que ela saia?
Em sua busca por respostas, Nora está prestes a se descobrir no centro de uma batalha ancestral entre seres imortais e anjos caídos. Sim, os anjos estão entre nós. E nem todos estão interessados em atividades celestiais.

Book trailer: http://www.youtube.com/watch?v=-2GOa1Qx2rU


Becca Fitzpatrick
Crescendo

 


Algumas verdades ficam melhor mortas e enterradas — do contrário, podem destruir tudo em que você acredita
A vida de Nora Grey ainda está longe de ser perfeita. Sofrer uma tentativa de assassinato não foi a melhor das experiências, mas, pelo menos, Nora ganhou um anjo da guarda: Patch, que de angelical não tem absolutamente nada. Ele é lindo, irresistível, misterioso… e está com ela. O problema é que ele sido cada vez mais evasivo, e, o pior: parece muito interessado na grande inimiga de Nora, Marcie Millar.
Não fosse isso, Nora jamais teria notado Scott Parnell, velho amigo da família que acaba de voltar para a cidade. Ainda que Scott a deixe furiosa na maior parte do tempo, é impossível não se sentir atraída. Lá no fundo, porém, ela tem certeza de que ele guarda um segredo.
Atormentada por repetidas visões do pai, inexplicavelmente assassinado anos antes, Nora começa se perguntar se haveria alguma conexão entre a morte dele e o fato de pertencerem a uma linhagem de nefilins. Ela quer descobrir o que realmente aconteceu, mas isso é muito arriscado. Algumas verdades ficam melhor mortas e enterradas — do contrário, podem destruir tudo em que você acredita.




sobre o terceiro livroSilence” a MTV gringa postou algumas informações exclusivas (matéria original em inglês): http://hollywoodcrush.mtv.com/2011/05/02/silence-cover-hush-hush/
Espero que curtam minha dica!


Alana.

Auréola Negra. Capitulo 6 – Mistério.

Os dias ultimamente têm passado tão rápido quanto as horas. Já fazia um mês que estava namorando com Angeline. A cada dia que passava eu a amava mais, como isso podia acontecer? As brigas com Cayle pioravam a cada dia e Steven estava apostando mais do que podia (como sempre). E quem me contou isso foi Cayle, apesar das nossas brigas constantes.
Angeline estava no banheiro, e eu estava sozinho no quarto com Cayle.
- Pega isso. – Disse Cayle me jogando uma sacola com roupas.
- Para que essas roupas?
- Para usar? – Disse ela em tom de pergunta como se eu fosse retardado ou algo do tipo.
- Mas para que eu usaria isso? – Revirei a sacola e encontrei um terno.
- Você vai usar isso, porque primeiro, você não tem senso de classe ou elegância e segundo para Angeline não passar vergonha com você no baile, e use o terno.
- Mais terno?
- É agora espere a gente em outro lugar.


~ *~

No geral o terno me caiu bem, na verdade, eu estava morrendo de frio e essa roupa não ajudava muito. Steven que também está de terno, está com tanta raiva por usar-lo que prometerá queimar o terno quando voltássemos do baile.
- Vamos Steven, pare de reclamar que não é só você que esta com problemas com essa roupa. As meninas devem estar nos esperando.
Steven falou muitas coisas, palavrões que eu nem sabia, me achei inocente perto dele. Chegamos à porta do quarto delas, as oito em ponto, duas batidas na porta e ouvimos um: “Esperem mais alguns segundos.” Por que não dizer horas logo?
Meia hora depois a porta se abre, finalmente. A primeira é Angeline, seu longo vestido preto moldava seu corpo e ressaltava cada curva em sua perfeição, o vestido se abria como um copo de leite tendo uma calda longa atrás, seu vestido tinha um decote em V, quando ela se virou para pegar a calda que se arrastava percebi que suas costas estavam completamente nuas, seu cabelo longo e negro destacava sua pele branca. Se eu já tivesse visto um anjo á compararia com um.
- Como estou? – Perguntou Angeline pegando meu olhar indiscreto.
- Você está perfeita, como sempre. Vamos? – Disse a olhando.
- Vamos esperar a Cayle. – Angeline sorriu percebendo meu estado de bobo.
- Steven, apresse sua namorada.
- Eu estou indo. – Disse Cayle antes que Steven abrisse a boca.
Cayle saiu do quarto como um furacão que era fechando a porta num rompante e com sua habilidade de bruxa postou-se á frente de Steven.
- Gostou Steven? – Perguntou Cayle com a voz rouca.
- Você está apaixonante. – A voz de Steven ficou embargada ao responder, mas não dei um único olhar a Cayle, eu só tinha olhos para Angeline.
- Ei George! Vamos. – Disse já impaciente por ele não ter falado nem um A depois que Cayle apareceu.


                               -------------------x--------------------

As portas do grande salão do internato Maria Louis que davam na quadra fechada estava enfeitada por pisca-piscas e luzes no teto. O mesmo no lado de dentro, só que luzes pulsantes rodopiavam pelo ambiente, além das muitas luzes, havia fitas de cores variadas. Mesas rodeavam o salão com comes e bebes, lugares para tirar foto e a musica estava sonorizando o lugar perfeitamente.
- Realmente, superaram o ultimo baile. – Falou Cayle puxando Angeline para o meio da multidão.
- Vamos cara! – Falou Steven.
- Não obrigada, não quero dançar. – Falei com falta de mentiras lá se foi à verdade. Desde criança (até onde eu me lembrava) eu não era bom em dançar. Fui em direção a mesa de doces enquanto comia alguns observava Angeline dançar. Ela era convidativa, provocante, intensa, se movia com o ritmo, ela não o perdia, ela estava incrivelmente sexy.
Fui tirado dos meus devaneios com Angeline por alguém me chamando.
- George! Ei! – Segui por instinto a voz que me chamava, era uma garota baixinha, robusta, estava num vestido perolado e quando percebeu que eu estava olhando em sua direção aproximou-se mais e falou: - Olhe, tem uma garota querendo falar com você. – Olhando-a mais de perto seu rosto não me era estranho, Brígida Phillepie, a vadia do ano.
- Eu tenho namorada. – Fui curto e grosso.
- Que legal, se você mudar de ideia... – E ela se virou.
- O que a Brígida queria com você? – Me assustei ao perceber quem falava comigo, Cayle.
- O que você tem haver com isso? – Falei enquanto a observava Cayle comendo alguns doces.
- Obviamente, nada, mas perguntar não mata. – Disse ela me lançando seu olhar de megera.
- Então tome cuidado com o que você pergunta, você pode estar falando com um serial killer. – Disse dando meu melhor sorriso de escárnio. Sai andando, não queria brigar com ela hoje. Fui para o lado de uma porta, quase sem perceber que estava lá, fiquei encostado observando o baile.
Tum, tum... Ouvi um barulho saindo de um pequeno quarto ao longo do corredor, “socorro!” alguém gritou. Sem pensar, corri até o quarto e abri a porta e entrei, não vi nada. Atrás de mim o “clac” da fechadura da porta trancando soou alto, tentei abri-lá, não consegui.
- Hei! Alguém ai? – Bati na porta, mas não havia ninguém, então desisti alguém sentiria minha falta.
- George...
Meu nome foi sussurrado. Paralisei, não havia como enxergar muito a lua iluminava a maio parte da sala, outros locais estavam escuros, o que não ajudava muito.
- Alguém ai? – Falei olhando a sala de canto a canto. Uma silhueta se revelou a luz da lua.
- A garota dos seus sonhos, aquela que você pode ter agora e á qualquer hora. – Ótimo alguém estava de brincadeira comigo nessa sala, continuei encostado na porta, enquanto observava a dona da voz andando em minha direção, esperei até que a lua iluminasse seu rosto. Eu não só cai numa armadilha, como numa chave de cadeia. Era Felipa, do mesmo tipo de Brígida, ou seja, farinha do mesmo saco.
- Abra essa porta, não estou para brincadeirinhas.
- Só deixo você sair quando você me der o que eu quero.
- O que você quer?
- Simples, você.
- Tenho uma idéia melhor! Que tal você abrir a porta e procurar outro idiota?
- Não. Já tenho um idiota melhor nessa sala. – Disse ela se aproximando ainda mais e mais e mais... Ela se jogou em cima de mim encostando seus lábios nos meus, á empurrei e ela caiu no chão.
 - Qual é o seu problema garota? Você é doente? Eu tenho namorada! Abra essa porta. AGORA!
- E daí? Não tenho ciúmes. – Disse ela se levantando.
- Abre essa porta! – Disse estridente.
- Já vi que não vou conseguir nada por agora. – Ela abriu a porta teatralmente e se encostou em mim passando a mão por minhas costas – Talvez depois?
Sai sem me dar o trabalho de responder. Cheguei ao salão e a festa estava mais agitada, vi Steven chegando ao meu lado, ele estava diferente, quase como ofegando, suas feições estavam entrecortadas com sua respiração, algo estava errado.
- Steven? Você está bem cara? – Quando ele levantou o rosto por completo eu vi seus olhos, eram vermelhos, uma vermelho vivo, como sangue.
- Steven, oque é isso? O que aconteceu? Seus olhos... – Antes que eu terminasse cai no escuro da minha inconsciência.

------------------------------------ * ------------------------------------

Acordei sem saber onde estava eu estava zonzo, logo tudo clareou, vi o rosto preocupado de Angeline.
- O que aconteceu? – Perguntou ela.
- Eu não me lembro. - O salão ficou escuro as luzes se apagaram e o silêncio se deu por completo.
Algumas pessoas murmuravam um “o que aconteceu com á luz?” até que um barulho alto e forte calou por completo o salão. Um barulho de ossos, sendo quebrados. O mesmo barulho de quando quebrei o braço á um ano atrás.
A luz voltou, eu me levantei da cadeira onde estava ao lado de Angeline, Brígida gritava. Ela chorava esperneava, apontando para cima, seu grito foi seguido por vários.
Olhei para cima e vi Felipa Jhekes, banhada em sangue por todo seu vestido branco no meio do salão e com formas estranhas no seu corpo, ela estava deformada, seus ossos completamente quebrados, ela estava sendo sustentada e estrangulada por uma fita no pescoço no meio do salão. A cena era horrível demais, tudo piorou quando olhei para minhas roupas, eu estava sujo de sangue e os olhares começaram a se direcionar a mim.

-

Eu sei gente, demorou pra sair, mas saiu. Espero que vocês tenham curtido esse capitulo que revisei as pressas... Vida de estudante não é fácil. Deem uma olhada no próximo post:
http://sagadangelos.blogspot.com/2011/05/que-tal-dar-uma-lida-nesse-livro-aqui.html


Alana.