domingo, 1 de julho de 2012

Auréola Negra. Capitulo 8 – Confuso.




Seu toque me chamou de volta a vida, ela estava lá, olhando para mim, com seus olhos claros e seus cabelos loiros que me hipnotizavam por completo, seu cheiro me fez despertar do sono profundo que entrará a poucos segundos, então era assim que Steven se sentia quando tocava em Cayle? Porque é isso que sinto. Na verdade nunca fiquei tão perto dela como agora, mas era bom, senti-la daquela forma perfeita, sem medo de nos separar por brigas ou palavrões, ela simplesmente me prendeu com o olhar. Mas infelizmente o momento perfeito foi interrompido, um grito ensurdecedor chamou sua atenção para a o lado. 
Os monstros, lembrei, mas não conseguia me levantar e protege-la, mas acho que ela não precisava , já que lutava com eles , sem ao menos suar , eles eram fortes , muito fortes mas Cayle era mais , muito mais. Suas mãos faziam armas com qualquer coisa que ela via matando aquelas aberrações estranhas que me assustava, por dentro fiquei meio triste por não ter a mesma capacidade dela, mas por fora estava perplexo com seus movimentos de luta perfeitos, a sala em minutos foi destruída e quando ela terminou, ela focalizou em mim, jogado no chão como um completo retardado, de queixo caído e olhos com lagrimas, implorando por seu toque novamente. Droga, o que era aquilo? Em segundos ela sorriu e saiu pela porta fugindo pelo corredor, e me deixando. Ela era perfeita, como sempre Steven tinha razão. 
~x~

Quando as aulas acabaram, me aliviei completamente já que estava tenso por conta do que tinha visto mais cedo, o que tinha acontecido? Quando estava levantando do chão depois de toda a cena, todos que estavam como aberrações antes entraram na sala e me ignoraram por completo, apenas percebi alguns olhares de lado, mas nada mais do que isso. Cayle era uma lutadora, certo! Mas porque me protegeu? Ela me odeia não? Parei de me fazer perguntas que nunca teria a resposta, ao menos que eu me encontra-se com ela, isso seria uma boa, mas agora não dava, marquei de me encontrar Angeline em um lugar sozinho. Sem que ninguém fica-se em nosso pé, nos enchendo o saco. Ufa... Foi à única coisa que consegui entender depois dos turbilhões de perguntas e devaneios depois das oito aulas seguidas do dia. O sol já estava sumindo e eu indo encontra a mulher da minha vida, sem duvida alguma.
Ela estava lá, bela como sempre, sem nenhuma imperfeição, sentada no gramado olhando o por do sol.
- Oi meu amor! - A abracei por traz e ela se assustou, mas antes de ver meu rosto ela parecia preocupada. - Eu te amo. - Gostava de dizer aquilo para ela.
- Eu também te amo muito. - Disse ela para mim, gostava mais ainda de ouvir. 
Sorri por alguns minutos antes de olhar para ela e beija-la com força, estava com saudades dela, mesmo a vendo todos os dias hoje é diferente, a cada dia amava ela mais e mais, e aquilo às vezes parecia que a sufocava, mas sinceramente ela nunca disse para mim. 
Passamos o resto da tarde deitados sem falar muita coisa, não contei para ela o que tinha acontecido na primeira aula, mas ela perguntou do hematoma que estava estampado em meu rosto. Falei que tinha caído no futebol, que estavam judiando de mim e ela pareceu acreditar. 
- Amor? - Ela me chamou 
- Sim? - Respondi quanto mais desconfiado. 
- Como veio parar aqui? - Ela estava com a cabeça deitada em meu colo, eu a levantei e me sentei corretamente. Aquilo não era um assunto fácil de conversar com algumas pessoas. Na verdade, nenhuma acreditava em minha versão. Acho que ela percebeu que não era o assunto para ser tratado assim. Então serviu, mas um pedaço de torta tentando mudar de assunto. Precisava fala para ela de um jeito ou outro. Então que bom que ela começou.
- Tinha dez anos, pelo o que me lembro eu era feliz, minha família era somente eu minha mãe e meu irmão. Mas depois de algum tempo isso mudou, meu irmão sumiu, nunca mais voltou, e minha mãe estava louca. Uma noite, no meu aniversario de dez anos, minha mãe fez um bolinho , simples só para mim e ela. A única coisa que lembro é ela cantando uma canção de ninar, que sempre reclamava, mas aquela noite não, tudo estava calmo de mais, feliz demais, e não era normal. Quando acordei, estava deitado sobre o corpo de minha mãe, com uma faca na mão e sujo se sangue. E minha mãe morta. - Comecei a chorar, as lembranças daquela noite vieram como um tiro em meu peito.  Ela me abraçou , tentando me reconfortar. 
- Me desculpe, não devia ter tocado neste assunto. - Seu abraço me tranquilizou e sabia que estava protegido ao seu lado. - E você? - Perguntei descaradamente, sem ao menos disfarçar. Já estava curioso há tempos e aquilo seria a iniciativa de confiança do dois lados.
- Há algum tempo atrás, tinha fortes dores de cabeça, que me faziam desmaiar de dor. E às vezes enquanto estava apagada coisas aconteciam, umas noites eu me cortava - Ela levantou a manga da blusa de frio e me mostrou a cicatriz, tão pálida quanto sua pele.- Um dia cheguei da escola e esta dor de cabeça estava muito forte mesmo. Não conseguia nem andar, meu pai me levou no colo até o carro, como você eu havia apagado, mas quando acordei... – Ela olhava ainda para a cicatriz. - Quando acordei estava na sala do medico, sozinha deitada na maca. Comecei a andar pelo hospital, encontrei vários corpos banhados em sangue, comecei a chorar desesperada, e pedia ajuda, mas quando me olhei em um espelho qualquer, vi minha roupa suja de sangue e uma arma em minha mão. E a segurava com precisão, como se tivesse habilidade com isso. Em poucos minutos os policiais chegaram e concluíram. Foi assim. George, não pode ser! Eu não matei todas aquelas pessoas, não pode ser. - Vi uma lagrima cair em seu rosto.
- George, não me deixe por isso. - Me assustei com sua teoria boba, como iria deixá-la? 



- Eu te amo, nunca a deixaria. - Falei, mas estava com tanto medo quando ela.
                               ~x~

Depois de ter deixado Angeline em seu quarto, fui para o meu, e pela primeira vez agradeci por ter este quarto isolado.
Deitei na cama e tentei dormir, mas algo não deixava, sentia alguém me observando mais sabia que não havia ninguém ali no quarto. 
- GEORGEEEEEE - Pulei da cama e me assustei, alguém batia forte na porta de meu quarto e eu não queria saber, não abriria aquela porta por nada. A pessoa do outro lado continuava gritando e não desistiu, começou a jogar seu corpo contar a porta até abri-la com força.
- Droga cara porque não abriu tô ferrado à diretora ta atrás de mim! - Steven estava procurando algum lugar para se esconder. - Me ajuda idiota.- Só pensei em uma coisa, fechei a porta sem ele perceber e o prendi contra a parede .
- Filho de uma puta, desgraçado! - Dei um soco em seu rosto e balancei a mão de dor. - Como pode me colocar numa fria daquela? - Dei um chute em seu estomago.
- Filho da mãe - Ele pulou em cima das minhas costas e começou a me socar. Senti o gosto de ferrugem em minha boca e o fiz me soltar o empurrando contra a cômoda. 
- Merda cara você me fez sangrar! - Falei. 
- E olha pra mim, vai ficar um puta roxo no meu olho ! 
Nos olhamos e começamos a rir!