Seu
toque me chamou de volta a vida, ela estava lá, olhando para mim, com seus
olhos claros e seus cabelos loiros que me hipnotizavam por completo, seu cheiro
me fez despertar do sono profundo que entrará a poucos segundos, então era
assim que Steven se sentia quando tocava em Cayle? Porque é isso que sinto. Na
verdade nunca fiquei tão perto dela como agora, mas era bom, senti-la daquela
forma perfeita, sem medo de nos separar por brigas ou palavrões, ela
simplesmente me prendeu com o olhar. Mas infelizmente o momento perfeito foi interrompido,
um grito ensurdecedor chamou sua atenção para a o lado.
Os
monstros, lembrei, mas não conseguia me levantar e protege-la, mas acho que ela
não precisava , já que lutava com eles , sem ao menos suar , eles eram fortes ,
muito fortes mas Cayle era mais , muito mais. Suas mãos faziam armas com
qualquer coisa que ela via matando aquelas aberrações estranhas que me
assustava, por dentro fiquei meio triste por não ter a mesma capacidade dela,
mas por fora estava perplexo com seus movimentos de luta perfeitos, a sala em
minutos foi destruída e quando ela terminou, ela focalizou em mim, jogado no chão
como um completo retardado, de queixo caído e olhos com lagrimas, implorando por
seu toque novamente. Droga, o que era aquilo? Em segundos ela sorriu e saiu
pela porta fugindo pelo corredor, e me deixando. Ela era perfeita, como sempre
Steven tinha razão.
~x~
Quando
as aulas acabaram, me aliviei completamente já que estava tenso por conta do
que tinha visto mais cedo, o que tinha acontecido? Quando estava levantando do
chão depois de toda a cena, todos que estavam como aberrações antes entraram na
sala e me ignoraram por completo, apenas percebi alguns olhares de lado, mas
nada mais do que isso. Cayle era uma lutadora, certo! Mas porque me protegeu? Ela
me odeia não? Parei de me fazer perguntas que nunca teria a resposta, ao menos
que eu me encontra-se com ela, isso seria uma boa, mas agora não dava, marquei
de me encontrar Angeline em um lugar sozinho. Sem que ninguém fica-se em nosso
pé, nos enchendo o saco. Ufa... Foi à única coisa que consegui entender depois
dos turbilhões de perguntas e devaneios depois das oito aulas seguidas do dia. O
sol já estava sumindo e eu indo encontra a mulher da minha vida, sem duvida
alguma.
Ela
estava lá, bela como sempre, sem nenhuma imperfeição, sentada no gramado
olhando o por do sol.
- Oi
meu amor! - A abracei por traz e ela se assustou, mas antes de ver meu rosto
ela parecia preocupada. - Eu te amo. - Gostava de dizer aquilo para ela.
-
Eu também te amo muito. - Disse ela para mim, gostava mais ainda de ouvir.
Sorri
por alguns minutos antes de olhar para ela e beija-la com força, estava com
saudades dela, mesmo a vendo todos os dias hoje é diferente, a cada dia amava
ela mais e mais, e aquilo às vezes parecia que a sufocava, mas sinceramente ela
nunca disse para mim.
Passamos
o resto da tarde deitados sem falar muita coisa, não contei para ela o que tinha
acontecido na primeira aula, mas ela perguntou do hematoma que estava estampado
em meu rosto. Falei que tinha caído no futebol, que estavam judiando de mim e
ela pareceu acreditar.
-
Amor? - Ela me chamou
-
Sim? - Respondi quanto mais desconfiado.
-
Como veio parar aqui? - Ela estava com a cabeça deitada em meu colo, eu a
levantei e me sentei corretamente. Aquilo não era um assunto fácil de conversar
com algumas pessoas. Na verdade, nenhuma acreditava em minha versão. Acho que
ela percebeu que não era o assunto para ser tratado assim. Então serviu, mas um
pedaço de torta tentando mudar de assunto. Precisava fala para ela de um jeito
ou outro. Então que bom que ela começou.
-
Tinha dez anos, pelo o que me lembro eu era feliz, minha família era somente eu
minha mãe e meu irmão. Mas depois de algum tempo isso mudou, meu irmão sumiu,
nunca mais voltou, e minha mãe estava louca. Uma noite, no meu aniversario de
dez anos, minha mãe fez um bolinho , simples só para mim e ela. A única coisa
que lembro é ela cantando uma canção de ninar, que sempre reclamava, mas aquela
noite não, tudo estava calmo de mais, feliz demais, e não era normal. Quando acordei,
estava deitado sobre o corpo de minha mãe, com uma faca na mão e sujo se
sangue. E minha mãe morta. - Comecei a chorar, as lembranças daquela noite vieram
como um tiro em meu peito. Ela me abraçou , tentando me
reconfortar.
-
Me desculpe, não devia ter tocado neste assunto. - Seu abraço me tranquilizou e
sabia que estava protegido ao seu lado. - E você? - Perguntei descaradamente,
sem ao menos disfarçar. Já estava curioso há tempos e aquilo seria a iniciativa
de confiança do dois lados.
- Há
algum tempo atrás, tinha fortes dores de cabeça, que me faziam desmaiar de dor.
E às vezes enquanto estava apagada coisas aconteciam, umas noites eu me cortava
- Ela levantou a manga da blusa de frio e me mostrou a cicatriz, tão pálida
quanto sua pele.- Um dia cheguei da escola e esta dor de cabeça estava muito
forte mesmo. Não conseguia nem andar, meu pai me levou no colo até o carro,
como você eu havia apagado, mas quando acordei... – Ela olhava ainda para a
cicatriz. - Quando acordei estava na sala do medico, sozinha deitada na maca. Comecei
a andar pelo hospital, encontrei vários corpos banhados em sangue, comecei a
chorar desesperada, e pedia ajuda, mas quando me olhei em um espelho qualquer,
vi minha roupa suja de sangue e uma arma em minha mão. E a segurava com precisão,
como se tivesse habilidade com isso. Em poucos minutos os policiais chegaram e concluíram.
Foi assim. George, não pode ser! Eu não matei todas aquelas pessoas, não pode
ser. - Vi uma lagrima cair em seu rosto.
- George, não me deixe por isso. - Me assustei com sua teoria boba, como iria
deixá-la?
-
Eu te amo, nunca a deixaria. - Falei, mas estava com tanto medo quando ela.
~x~
Depois
de ter deixado Angeline em seu quarto, fui para o meu, e pela primeira vez
agradeci por ter este quarto isolado.
Deitei
na cama e tentei dormir, mas algo não deixava, sentia alguém me observando mais
sabia que não havia ninguém ali no quarto.
-
GEORGEEEEEE - Pulei da cama e me assustei, alguém batia forte na porta de meu
quarto e eu não queria saber, não abriria aquela porta por nada. A pessoa do
outro lado continuava gritando e não desistiu, começou a jogar seu corpo contar
a porta até abri-la com força.
-
Droga cara porque não abriu tô ferrado à diretora ta atrás de mim! - Steven
estava procurando algum lugar para se esconder. - Me ajuda idiota.- Só pensei
em uma coisa, fechei a porta sem ele perceber e o prendi contra a parede .
-
Filho de uma puta, desgraçado! - Dei um soco em seu rosto e balancei a mão de
dor. - Como pode me colocar numa fria daquela? - Dei um chute em seu estomago.
-
Filho da mãe - Ele pulou em cima das minhas costas e começou a me socar. Senti
o gosto de ferrugem em minha boca e o fiz me soltar o empurrando contra a cômoda.
-
Merda cara você me fez sangrar! - Falei.
-
E olha pra mim, vai ficar um puta roxo no meu olho !
Nos
olhamos e começamos a rir!