terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Auréola Negra. Capitulo 7 – Inesperado.


Observei o lugar e não me senti bem. O pequeno cômodo se apertava dividindo uma cama pequena, uma cômoda sem nenhum tipo de cor aparente, e um banheiro que bem, parecia que não limpavam há um tempo já que vinha um cheiro forte e desagradável de lá. A diretora não quis que eu parasse de frequentar as aulas já que a escola completava 250 anos e tinha uma rica e historia e blá blá blá... Esse foi o sermão que a diretora me deu, fiquei impressionado com a cara-de-pau dela de não ligar para situação em si, e tentar cobrir o assunto com festinhas e algo do tipo.
Joguei a mochila no chão e me espalhei na pequena cama que não chegava aos meus pés procurei o coberto que disfarçava o colchão furado e me cobri até a cabeça e chorei até cair no sono.

                                                           -x-


Acordei cedo demais, olhei para meu relógio de pulso e vi que ainda marcava 4 horas da manhã, respirei fundo e fui para o banheiro que cheirava mal, lavei meu rosto no chuveiro (não confiava na pia), penteei os cabelos e me vesti, a aula começava as sete mais nada como uma caminhada matinal para me deixar mais desperto.
Desci as escadas em silêncio com a mochila nas costas, o corredor grande que apareceu a minha frente dava acesso a varias instalações da escola, como o quarto das meninas e meninos, banheiros, a enorme cozinha e o lanchonete. Fui para o corredor direito (o corredor dos dormitórios femininos) e andei com calma procurando o quarto de Angeline, contei os números e vi a porta do quarto cheia de brilhos e coisas chamativas, desenhos e meu nome e o nome dela com uma bela escrita e embaixo uma carinha feliz onde foi riscado de caneta vermelha e passado por cima de caneta preta um palavrão. Parece que algumas garotas revoltadas passaram por aqui.
Bati na porta e esperei, ela a abriu, seus olhos estavam inchados e vermelhos ela me abraçou e me beijou me puxando para o quarto.
- O que houve Angel?- Perguntei preocupado.
-Estava preocupada com você. - Reconheci a mentira em seu olhar, mas não queria pergunta a verdadeira realidade de seu choro, por medo da resposta.
-Estou bem, não se preocupe - Beijei sua testa. Olhei seus olhos e percebi que parecia melhor, que suas lagrimas pararam, mas me senti péssimo por não ser por mim e sim por outra coisa que ela chorava.
-Ok - falou ela - Peguei alguns filmes por não conseguir dormir... Vamos assistir um antes de dar o horário da primeira aula.
Deitamos na cama ela se aconchegou em meus braços e respirou fundo para sentir meu perfume, cobrindo nossos corpos.
- Onde está a loura burra?- Perguntei percebendo que ainda não tinha levado algo na cabeça ou sendo xingado.
-Pare, ela passou a noite com Steven .- Entortei a boca mais não falei nada.
Depois de um tempo assistindo um filme estúpido, comecei a perceber que a atuação de cada ator era péssima, então me concentrei na minha namorada.
-Angeline?-Chamei.
-Hmmm... - respondeu ela.
-Eu te amo. - Falei.
Ela ficou de frente para mim, a respiração acelerada, os olhos cheios de lagrimas.
-Eu também te amo. -Disse ela.
Ela sorriu , parecendo encabulada. Angeline começou a me beijar , calmamente , sem pressa alguma. Era bom , eu gostava de seu beijo doce . Suas mãos passaram pela minha barriga  , e tornaram a subir , passando a mão em meus braços, e pulando ligeiramente em cima de mim . As coisas ficaram serias a parti dai. Ela tirou minha blusa de frio e com agilidade tirei a dela . Vi sua pele se arrepiar quando beijei seu pescoço e seu sorriso quando passava a mão em sua barriga. Eu a amava!
-George? - Ela me chamava, mas não conseguia parar para olha-lá . - George ! - Ela soltou um gritinho agudo e me assustei . 
- O que? - Perguntei parecendo bravo . 
-Melhor não . Não agora. - Falou ela , puxando a coberta para cima dela.
- Por que não? Tem algo errado Angel? - Falei , sentindo o frio da manhã. 
- Acho que estamos adiantados de mais. Vamos esperar ok ? - Bufei, mas o que poderia fazer? 
- O.K .- Vesti minha blusa e sai do quarto

~x~

Fui direto para a sala do professor Caio entrei na sala e travei.
Observei cada pessoa e respirei fundo, eles me olhavam com nojo e desprezo, medo e ódio, e entendia o motivo daquilo, mas não queria acreditar, simplesmente fui para meu lugar e esperei a aula começar já que o professor não estava na sala. Um garoto alto, magro e de cabelos grandes até a metade do pescoço vinha em minha direção. Ele encostou o dedo em minha mesa me olhando perguntou.
-Como teve coragem?- Não consegui responder, seus olhos se encheram de raiva e perguntou novamente. -COMO TEVE CORAGEM? - novamente não respondi, sua respiração acelerou, seus lábios ficaram pretos, seus olhos vermelhos, e soltou um grito alto e forte que fez a sala nos olhar , com agilidade e rapidez ele puxou um bastão de basebol e levou até meu rosto com força fazendo os dois se chocarem e me derrubando no chão quase desmaiando, dei uma olhadela na sala e me apavorei, todos estavam com olhos vermelhos e lábios pretos, eles se aproximavam de mim aos poucos por um minuto pedi para apagar e nunca mais voltar à vida.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Que tal dar uma lida nesse livro aqui?

Quero indicar uma saga pra vocês lerem, é uma fonte de inspiração para esta história e também uma saga de se ler querendo mais e mais.
O nome da saga é HUSH HUSH, é um romance de tirar o fôlego, a história é narrada em primeira pessoa pela Nora, protagonista da série. Bom, e o Patch... Ele é o cara e um  anjo caído. Aqui no Brasil já temos os dois primeiros livros lançados, "Sussurro" e "Crescendo", o terceiro e ultimo livro (insira aqui meu desespero por querer mil livros dessa saga) "Silence" vai ser lançado 4 de outubro nos estados unidos aqui no Brasil sem informações sobre o lançamento, de qualquer forma vou trazer informações dessa e outras sagas para vocês! Essa é a primeira de muitas que vou indicar. Não sou boa em escrever resenhas então vou colocar informações abaixo sobre os livros:

 

 

 Sussurro
Becca Fitzpatrick

 

Apaixonar-se nunca foi tão fácil… nem tão mortal.
Nora é uma menina responsável. Aos 17 anos, ela tira boas notas e sempre avisa à mãe aonde vai e o que está fazendo. Nem mesmo garotos a fazem perder o foco nos estudos. Até porque, apesar das tentativas de sua melhor amiga, Vee, de lhe arrumar um pretendente, ela nunca se interessou por ninguém na escola. Pelo menos não até ela conhecer Patch, seu novo colega na aula de biologia. Patch parece estar em todos os lugares e saber tudo sobre ela. Seu jeito ao mesmo tempo sedutor e perigoso faz com que Nora fique imediatamente intrigada. E encantada.
É então que eventos estranhos começam a acontecer. Um homem usando uma máscara de esqui salta diante de seu carro, seu quarto é invadido e aparentemente alguém está tentando matá-la. Nora não sabe em quem confiar. Quando Vee conhece dois novos rapazes e tenta arranjar um encontro, as coisas só pioram. Nora está assustada a maior parte do tempo. Patch é o da máscara de esqui? Ou será Elliot, o novo garoto com quem Vee quer que ela saia?
Em sua busca por respostas, Nora está prestes a se descobrir no centro de uma batalha ancestral entre seres imortais e anjos caídos. Sim, os anjos estão entre nós. E nem todos estão interessados em atividades celestiais.

Book trailer: http://www.youtube.com/watch?v=-2GOa1Qx2rU


Becca Fitzpatrick
Crescendo

 


Algumas verdades ficam melhor mortas e enterradas — do contrário, podem destruir tudo em que você acredita
A vida de Nora Grey ainda está longe de ser perfeita. Sofrer uma tentativa de assassinato não foi a melhor das experiências, mas, pelo menos, Nora ganhou um anjo da guarda: Patch, que de angelical não tem absolutamente nada. Ele é lindo, irresistível, misterioso… e está com ela. O problema é que ele sido cada vez mais evasivo, e, o pior: parece muito interessado na grande inimiga de Nora, Marcie Millar.
Não fosse isso, Nora jamais teria notado Scott Parnell, velho amigo da família que acaba de voltar para a cidade. Ainda que Scott a deixe furiosa na maior parte do tempo, é impossível não se sentir atraída. Lá no fundo, porém, ela tem certeza de que ele guarda um segredo.
Atormentada por repetidas visões do pai, inexplicavelmente assassinado anos antes, Nora começa se perguntar se haveria alguma conexão entre a morte dele e o fato de pertencerem a uma linhagem de nefilins. Ela quer descobrir o que realmente aconteceu, mas isso é muito arriscado. Algumas verdades ficam melhor mortas e enterradas — do contrário, podem destruir tudo em que você acredita.




sobre o terceiro livroSilence” a MTV gringa postou algumas informações exclusivas (matéria original em inglês): http://hollywoodcrush.mtv.com/2011/05/02/silence-cover-hush-hush/
Espero que curtam minha dica!


Alana.

Auréola Negra. Capitulo 6 – Mistério.

Os dias ultimamente têm passado tão rápido quanto as horas. Já fazia um mês que estava namorando com Angeline. A cada dia que passava eu a amava mais, como isso podia acontecer? As brigas com Cayle pioravam a cada dia e Steven estava apostando mais do que podia (como sempre). E quem me contou isso foi Cayle, apesar das nossas brigas constantes.
Angeline estava no banheiro, e eu estava sozinho no quarto com Cayle.
- Pega isso. – Disse Cayle me jogando uma sacola com roupas.
- Para que essas roupas?
- Para usar? – Disse ela em tom de pergunta como se eu fosse retardado ou algo do tipo.
- Mas para que eu usaria isso? – Revirei a sacola e encontrei um terno.
- Você vai usar isso, porque primeiro, você não tem senso de classe ou elegância e segundo para Angeline não passar vergonha com você no baile, e use o terno.
- Mais terno?
- É agora espere a gente em outro lugar.


~ *~

No geral o terno me caiu bem, na verdade, eu estava morrendo de frio e essa roupa não ajudava muito. Steven que também está de terno, está com tanta raiva por usar-lo que prometerá queimar o terno quando voltássemos do baile.
- Vamos Steven, pare de reclamar que não é só você que esta com problemas com essa roupa. As meninas devem estar nos esperando.
Steven falou muitas coisas, palavrões que eu nem sabia, me achei inocente perto dele. Chegamos à porta do quarto delas, as oito em ponto, duas batidas na porta e ouvimos um: “Esperem mais alguns segundos.” Por que não dizer horas logo?
Meia hora depois a porta se abre, finalmente. A primeira é Angeline, seu longo vestido preto moldava seu corpo e ressaltava cada curva em sua perfeição, o vestido se abria como um copo de leite tendo uma calda longa atrás, seu vestido tinha um decote em V, quando ela se virou para pegar a calda que se arrastava percebi que suas costas estavam completamente nuas, seu cabelo longo e negro destacava sua pele branca. Se eu já tivesse visto um anjo á compararia com um.
- Como estou? – Perguntou Angeline pegando meu olhar indiscreto.
- Você está perfeita, como sempre. Vamos? – Disse a olhando.
- Vamos esperar a Cayle. – Angeline sorriu percebendo meu estado de bobo.
- Steven, apresse sua namorada.
- Eu estou indo. – Disse Cayle antes que Steven abrisse a boca.
Cayle saiu do quarto como um furacão que era fechando a porta num rompante e com sua habilidade de bruxa postou-se á frente de Steven.
- Gostou Steven? – Perguntou Cayle com a voz rouca.
- Você está apaixonante. – A voz de Steven ficou embargada ao responder, mas não dei um único olhar a Cayle, eu só tinha olhos para Angeline.
- Ei George! Vamos. – Disse já impaciente por ele não ter falado nem um A depois que Cayle apareceu.


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As portas do grande salão do internato Maria Louis que davam na quadra fechada estava enfeitada por pisca-piscas e luzes no teto. O mesmo no lado de dentro, só que luzes pulsantes rodopiavam pelo ambiente, além das muitas luzes, havia fitas de cores variadas. Mesas rodeavam o salão com comes e bebes, lugares para tirar foto e a musica estava sonorizando o lugar perfeitamente.
- Realmente, superaram o ultimo baile. – Falou Cayle puxando Angeline para o meio da multidão.
- Vamos cara! – Falou Steven.
- Não obrigada, não quero dançar. – Falei com falta de mentiras lá se foi à verdade. Desde criança (até onde eu me lembrava) eu não era bom em dançar. Fui em direção a mesa de doces enquanto comia alguns observava Angeline dançar. Ela era convidativa, provocante, intensa, se movia com o ritmo, ela não o perdia, ela estava incrivelmente sexy.
Fui tirado dos meus devaneios com Angeline por alguém me chamando.
- George! Ei! – Segui por instinto a voz que me chamava, era uma garota baixinha, robusta, estava num vestido perolado e quando percebeu que eu estava olhando em sua direção aproximou-se mais e falou: - Olhe, tem uma garota querendo falar com você. – Olhando-a mais de perto seu rosto não me era estranho, Brígida Phillepie, a vadia do ano.
- Eu tenho namorada. – Fui curto e grosso.
- Que legal, se você mudar de ideia... – E ela se virou.
- O que a Brígida queria com você? – Me assustei ao perceber quem falava comigo, Cayle.
- O que você tem haver com isso? – Falei enquanto a observava Cayle comendo alguns doces.
- Obviamente, nada, mas perguntar não mata. – Disse ela me lançando seu olhar de megera.
- Então tome cuidado com o que você pergunta, você pode estar falando com um serial killer. – Disse dando meu melhor sorriso de escárnio. Sai andando, não queria brigar com ela hoje. Fui para o lado de uma porta, quase sem perceber que estava lá, fiquei encostado observando o baile.
Tum, tum... Ouvi um barulho saindo de um pequeno quarto ao longo do corredor, “socorro!” alguém gritou. Sem pensar, corri até o quarto e abri a porta e entrei, não vi nada. Atrás de mim o “clac” da fechadura da porta trancando soou alto, tentei abri-lá, não consegui.
- Hei! Alguém ai? – Bati na porta, mas não havia ninguém, então desisti alguém sentiria minha falta.
- George...
Meu nome foi sussurrado. Paralisei, não havia como enxergar muito a lua iluminava a maio parte da sala, outros locais estavam escuros, o que não ajudava muito.
- Alguém ai? – Falei olhando a sala de canto a canto. Uma silhueta se revelou a luz da lua.
- A garota dos seus sonhos, aquela que você pode ter agora e á qualquer hora. – Ótimo alguém estava de brincadeira comigo nessa sala, continuei encostado na porta, enquanto observava a dona da voz andando em minha direção, esperei até que a lua iluminasse seu rosto. Eu não só cai numa armadilha, como numa chave de cadeia. Era Felipa, do mesmo tipo de Brígida, ou seja, farinha do mesmo saco.
- Abra essa porta, não estou para brincadeirinhas.
- Só deixo você sair quando você me der o que eu quero.
- O que você quer?
- Simples, você.
- Tenho uma idéia melhor! Que tal você abrir a porta e procurar outro idiota?
- Não. Já tenho um idiota melhor nessa sala. – Disse ela se aproximando ainda mais e mais e mais... Ela se jogou em cima de mim encostando seus lábios nos meus, á empurrei e ela caiu no chão.
 - Qual é o seu problema garota? Você é doente? Eu tenho namorada! Abra essa porta. AGORA!
- E daí? Não tenho ciúmes. – Disse ela se levantando.
- Abre essa porta! – Disse estridente.
- Já vi que não vou conseguir nada por agora. – Ela abriu a porta teatralmente e se encostou em mim passando a mão por minhas costas – Talvez depois?
Sai sem me dar o trabalho de responder. Cheguei ao salão e a festa estava mais agitada, vi Steven chegando ao meu lado, ele estava diferente, quase como ofegando, suas feições estavam entrecortadas com sua respiração, algo estava errado.
- Steven? Você está bem cara? – Quando ele levantou o rosto por completo eu vi seus olhos, eram vermelhos, uma vermelho vivo, como sangue.
- Steven, oque é isso? O que aconteceu? Seus olhos... – Antes que eu terminasse cai no escuro da minha inconsciência.

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Acordei sem saber onde estava eu estava zonzo, logo tudo clareou, vi o rosto preocupado de Angeline.
- O que aconteceu? – Perguntou ela.
- Eu não me lembro. - O salão ficou escuro as luzes se apagaram e o silêncio se deu por completo.
Algumas pessoas murmuravam um “o que aconteceu com á luz?” até que um barulho alto e forte calou por completo o salão. Um barulho de ossos, sendo quebrados. O mesmo barulho de quando quebrei o braço á um ano atrás.
A luz voltou, eu me levantei da cadeira onde estava ao lado de Angeline, Brígida gritava. Ela chorava esperneava, apontando para cima, seu grito foi seguido por vários.
Olhei para cima e vi Felipa Jhekes, banhada em sangue por todo seu vestido branco no meio do salão e com formas estranhas no seu corpo, ela estava deformada, seus ossos completamente quebrados, ela estava sendo sustentada e estrangulada por uma fita no pescoço no meio do salão. A cena era horrível demais, tudo piorou quando olhei para minhas roupas, eu estava sujo de sangue e os olhares começaram a se direcionar a mim.

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Eu sei gente, demorou pra sair, mas saiu. Espero que vocês tenham curtido esse capitulo que revisei as pressas... Vida de estudante não é fácil. Deem uma olhada no próximo post:
http://sagadangelos.blogspot.com/2011/05/que-tal-dar-uma-lida-nesse-livro-aqui.html


Alana.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Auréola Negra. Capitulo 5 - Ela me ama.

Quando cheguei ao meu quarto não conseguia respirar, eu nem ao menos estava acreditando no que acabará de acontecer, eu beijei a garota que eu amava. Me joguei na cama pensando em tudo que conseguia relembrar do acontecimento de uma hora atrás, mínimos detalhes, mal me dei conta que Steven estava no quarto.
- Oi? George você está nesse planeta? Pelo menos você parece bem.
- Steven, eu beijei ela.
- O que? Quem? – Ele teve que parar para pensar de quem se tratava. – Angeline?
- E quem mais seria? – Perguntei retoricamente.
- Ah! Parabéns cara! – Ele bateu na minha mão.
- Valeu. – Disse.
- Então o que vai fazer agora? – Perguntou Steven com cara de paisagem. Não que ele já não tivesse, mas...
- Vou pedi-la em namoro.
- Como?
- Uma surpresa. – Steven sentou-se na cadeira da cômoda procurando alguma coisa nas gavetas, quando achou o que procurava jogou para mim. Era uma pequena caixinha, macia e com um fecho delicado, ao abri-lá tinha dois anéis nela. Os anéis era lindos, prateados e finos, um deles tinham duas palavras gravadas, “My Angel”.
- Não posso aceitar. – Falei tentando lhe devolver a pequena caixinha com os anéis.
- Claro que pode, bem, eu ia dar a Cayle, só para trocar os anéis, mais acho que você precisa mais.
- Muito obrigado. Você mais parece um pai do que amigo, um pai que nunca tive. – Falei e agora, momento “emo” para ser mais claro.


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Meu pedido de namoro tinha que ser especial, então, tive uma idéia não muito fora do normal, mas não normal de mais... Um pequeno jantar improvisado na cantina e o anel apareceria no copo dela.
Enquanto arrumava a mesa Steven, não parava de resmungar feito uma velhinha.
- Odeio terno. – Falou ele de cara fechada.
- Não estou te pagando para reclamar. – Disse querendo rir.
- Você não esta me pagando. – Disse Steven afrouxando a gravata borboleta que eu não tinha a mínima idéia de onde ele arrumou dentro dessa escola, ou prisão, melhor dizendo.
- Não importa. Então gostou da arrumação? – Disse dando os últimos retoques na mesa.
- Ficou bonito pra quem á arrumou. – Disse Steven em tom de zombaria.
A mesa estava iluminada de velas, muitas velas, isso poderia causar um incêndio, mas deixei esse pensamento negativo de lado, tinha que dar tudo, mas que certo hoje. E tudo isso aconteceria no refeitório, foi o melhor lugar que encontrei para fazer isso. Já passava das sete horas, combinei com ela as oito no refeitório ela chegaria logo. Acho que daqui do internato Maria Louis a melhor coisa é o toque de recolher nesse caso as regras são um pouco, digamos que, “liberais”, toque de recolher as onze depois só se você estivesse na biblioteca e fingisse estar estudando.
- Vá arrumar as coisas, Steven. – Disse a Steven que logo saiu em direção à cozinha do refeitório onde arrumamos as coisas para o jantar. Sentei-me olhando a cada minuto no relógio... Vinte minutos depois e na hora certa ela chegará, perfeita em um vestido branco com um lanço azul na cintura. A observei até ela chegar perto da mesa, me levantei e num gesto tão cavaleiro quanto via nos filmes, puxei a cadeira para ela.
- Obrigada. – Disse ela abrindo um sorriso caloroso no rosto, ela observou a mesa e continuou. – Esta tudo tão bonito.
- Isso é bom. – Disse retribuindo o sorriso e chamei Steven. – Refrigerantes!
Steven veio de cara fechada com um litro de algum refrigerante que havíamos conseguido.
- Senhores. – Disse Steven me chutando por debaixo da mesa. Ele colocou o refrigerante na mesa e anunciou – O cardápio de hoje, prato principal: Hambúrguer com batatas fritas. Sobremesa: Pudim de leite. Bebida: Servida. – E saiu.
- Vocês dois são uma comedia! – Falou Angeline rindo.
- Ele é como um pai para mim, muito rabugento, mas ainda assim.
- Isso é bem legal. – Disse Angeline me olhando com aqueles olhos azuis como pedras preciosas, poderiam compará-los com várias coisas, mas a beleza de seus olhos poderia ser descrito como indescritíveis.
- Refrigerante? – Perguntei.
- Sim, claro.
Enquanto ela olhava a taça se enchendo seus olhos se encheram de lagrimas e uma lagrima vacilante, caiu.
- Você... - Ela deixou a voz morrer.
- Pode parecer clichê, bom... É... Aceita namorar comigo? – Disse entre engasgos.
- Acho que a resposta é sim, não, é claro que sim, não, é óbvio. Ah. – ela se levantou e me beijou com força, era uma sensação elevada estar beijando-a, eu não sentia nada, o chão desaparecia sob meus pés, o mundo girava comigo fora dele, seu beijo era leve, doce e apaixonado, mais que isso, era tão não normal... Era perfeito.
- Eu te amo. – Murmurei em seus lábios.
- Eu também te amo. – Disse ela e se afastou para olhar a taça de refrigerante. O momento era tão intenso que palavras não abrangem tamanha explosão. O ar parecia estar comprimido meu peito, eram tantos sentimentos... Essa era a primeira vez que ela dizia com todas as letras que me amava. Ela parecia estar como eu, não disse nada simplesmente olhava a pequena aliança que estava no fundo da taça.

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Mais tarde depois do nosso jantar improvisado fui deixá-la no seu quarto, e assim que chegamos à porta ela me surpreendeu com uma pergunta.
- Quer entrar? – Perguntou ela meio que acanhada.
- hmm... Para seu quarto? – Perguntei o melhor que encontrei, sem sentido, mas pelo menos saiu alguma coisa em meio a minha surpresa e um pouco de choque.
­-É... Sabe, quer passar a noite aqui? – Fiquei meio perplexo, e aquela coisa de fazer “aquilo” agora, aqui... Não que eu não quisesse, acho que fiquei sem ação por tempo bastante para ela me puxar para dentro do seu quarto. Era como o meu quarto, duas cômodas, duas camas, e uma escrivaninha. Ela me empurrou e tropecei direto a uma cama, sentei e ela veio sentar no meu colo.
- É... Você esta bem?- Perguntou ela me olhando com atenção. – Você esta pálido.
- Na - não, eu es - estou bem... – Menti, eu estava tão nervoso e ela também parecia nervosa, não tanto quanto eu. O silêncio e o modo que estávamos ficou embaraçoso por alguns segundos até que ela se levantou.
- Tudo bem, já volto.
 Ela entrou no banheiro e demorou alguns minutos, quando voltou, ela estava com uma camiseta, grande, que ia até as suas coxas e que cobria pouco, mas o bastante. Ela deveria estar com um short curto, ao menos eu esperava.
- Voltei. –ela tinha uma expressão enigmática no rosto.
- Ainda bem. – Falei sem pensar e ela sorriu.
Acho que me dei conta do que estava acontecendo quando ela me “atacou” de verdade. Ela se sentou com as pernas abertas no meu colo, suas mãos puxarão meu cabelo, sensações estranhas me invadiam, agi por instinto e retornei com avidez á ela. Passei minhas mãos por suas pernas, subindo até suas coxas, quebrei nosso beijo para beijar seu pescoço, roçando o nariz fui até a sua clavícula, ela tinha um cheiro maravilhoso, doce, sua pele era macia e quente. Ela puxou minha blusa para cima e cooperei para que ela tirasse, deixando meu peito nu. Voltei minha concentração as minhas mãos, subindo até sua cintura por dentro da blusa e a ajeitei em meu colo, fiquei mais calmo quando senti um micro-shorts. Subi minhas mãos mais ainda até chegar ao seu sutiã, isso tudo aconteceu bem rápido, até eu vira-la em direção a cama e de repente ela se livrou dos meus braços e sentou ao meu lado, olhei para ela e depois segui a direção do seu olhar e me assustei. Cayle estava na porta, parada, ou melhor, dizendo estática de boca aberta nos encarando, será que ela estava nos observando? Há quanto tempo ela estava ali? Eu não estou acreditando nisso, essa coisa de outro mundo tinha que chegar agora.
- O que você está fazendo aqui? – Perguntei sobressaltado.
- Esse é meu quarto também se você não tem raciocínio lógico para saber quanto é dois mais dois, idiota. – Depois ela alternou olhares para mim e Angeline. – Vocês têm idéia de que horas são? Acho que não estavam ocupados fazendo outras coisas. – Falou Cayle alterada.
- Cayle, por favor. Espere lá fora, é só um minuto. – Disse Angeline calmamente.
- Andem logo, tem gente que precisa dormir e aqui não é motel. – Falou nervosa e saindo batendo a porta do quarto.
- George, me desculpe, eu pensei que ela ia dormir com Steven hoje, eu não que...
- Tudo bem, - Disse interrompendo-a. – não se preocupe com isso. – Levantei e dei um beijo na sua testa. – Até amanhã.
Saí do quarto vestindo minha blusa, ao sair do quarto ouvi uma tosse irritada.
- Qual é o seu problema? – Perguntou Cayle.
- Você e sua lógica de loira.
- Olha aqui seu estúpido, da próxima vez leva ela para o seu quarto, ou melhor, dizendo chiqueiro.
- Cala a boca. – Disse me virando.
- Vão fazer sexo em outro lugar, aqui não! – Disse Cayle aos gritos.
- Agora eu pergunto, qual é o seu problema? – perguntei, voltando-me para Cayle e portas de vários quartos se abriam. – Você esta com ciúmes? Vai procurar alguém do seu planeta esquisito, não sei como Steven te agüenta. – Gritei essa ultima parte, humilhação não era uma coisa que eu gostasse de fazer, mas ela merecia.
Cayle olhou em meus olhos e entrou no quarto batendo a porta sem responder á nada.

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No dia seguinte fui buscar Angeline no quarto, só que quem abriu não era quem eu queria... Se parecia com um pesadelo: Cayle.
- O que você quer aqui?
- Eu diria que não te interessa, mas como obviamente namoro sua colega de quarto não preciso explicar nada á você.
- Morra. – Desejou ela e saiu batendo os saltos no piso.
- Ser não identificado à deriva. Classificação: Inútil. – Disse grintando.
Entrei no quarto e Angeline estava só de calçinha e sutiã.
- Oi amor. – Disse ela. – Tudo bem? Eu ouvi você brigando com Cayle ontem à noite...
- Esta tudo bem, só fiquei nervoso com as idiotices dela. – Falei olhando-a de cima a baixo. – Então, você quer tentar...?
- George, acho melhor esquecer-mos isso por um tempo. Não quero outra cena como á de ontem.
- Tudo bem. – Disse um pouco... Decepcionado ou sei lá.


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Um recado aos leitores.



Espero que tenham gostado desse capitulo, mas o melhor estar por vir...
As coisas são imprevisíveis e os capitulos estão se desenvolvendo de um modo lento e emocionante, eu sei que não é nada legal ficar esperando muito tempo para ler algo, mas peço a compreensão de vocês, nossos leitores, que acompanham essa história que vamos demorar um pouco mais a postar os capitulos. Eu sei que já havia sido relatado no capitulo anterior que postariamos de 2 em 2 dias, mas as coisas não ocorreram como o esperado, a vida é uma caxinha de surpresas. Boas ou ruins. Pedimos desculpas e logo postaremos o sexto capitulo! Dia 31 de janeiro ele pode estar aqui, fiquem ligados no blog. :)


Alana e Bianca.
xoxo