terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Auréola Negra. Capitulo 7 – Inesperado.


Observei o lugar e não me senti bem. O pequeno cômodo se apertava dividindo uma cama pequena, uma cômoda sem nenhum tipo de cor aparente, e um banheiro que bem, parecia que não limpavam há um tempo já que vinha um cheiro forte e desagradável de lá. A diretora não quis que eu parasse de frequentar as aulas já que a escola completava 250 anos e tinha uma rica e historia e blá blá blá... Esse foi o sermão que a diretora me deu, fiquei impressionado com a cara-de-pau dela de não ligar para situação em si, e tentar cobrir o assunto com festinhas e algo do tipo.
Joguei a mochila no chão e me espalhei na pequena cama que não chegava aos meus pés procurei o coberto que disfarçava o colchão furado e me cobri até a cabeça e chorei até cair no sono.

                                                           -x-


Acordei cedo demais, olhei para meu relógio de pulso e vi que ainda marcava 4 horas da manhã, respirei fundo e fui para o banheiro que cheirava mal, lavei meu rosto no chuveiro (não confiava na pia), penteei os cabelos e me vesti, a aula começava as sete mais nada como uma caminhada matinal para me deixar mais desperto.
Desci as escadas em silêncio com a mochila nas costas, o corredor grande que apareceu a minha frente dava acesso a varias instalações da escola, como o quarto das meninas e meninos, banheiros, a enorme cozinha e o lanchonete. Fui para o corredor direito (o corredor dos dormitórios femininos) e andei com calma procurando o quarto de Angeline, contei os números e vi a porta do quarto cheia de brilhos e coisas chamativas, desenhos e meu nome e o nome dela com uma bela escrita e embaixo uma carinha feliz onde foi riscado de caneta vermelha e passado por cima de caneta preta um palavrão. Parece que algumas garotas revoltadas passaram por aqui.
Bati na porta e esperei, ela a abriu, seus olhos estavam inchados e vermelhos ela me abraçou e me beijou me puxando para o quarto.
- O que houve Angel?- Perguntei preocupado.
-Estava preocupada com você. - Reconheci a mentira em seu olhar, mas não queria pergunta a verdadeira realidade de seu choro, por medo da resposta.
-Estou bem, não se preocupe - Beijei sua testa. Olhei seus olhos e percebi que parecia melhor, que suas lagrimas pararam, mas me senti péssimo por não ser por mim e sim por outra coisa que ela chorava.
-Ok - falou ela - Peguei alguns filmes por não conseguir dormir... Vamos assistir um antes de dar o horário da primeira aula.
Deitamos na cama ela se aconchegou em meus braços e respirou fundo para sentir meu perfume, cobrindo nossos corpos.
- Onde está a loura burra?- Perguntei percebendo que ainda não tinha levado algo na cabeça ou sendo xingado.
-Pare, ela passou a noite com Steven .- Entortei a boca mais não falei nada.
Depois de um tempo assistindo um filme estúpido, comecei a perceber que a atuação de cada ator era péssima, então me concentrei na minha namorada.
-Angeline?-Chamei.
-Hmmm... - respondeu ela.
-Eu te amo. - Falei.
Ela ficou de frente para mim, a respiração acelerada, os olhos cheios de lagrimas.
-Eu também te amo. -Disse ela.
Ela sorriu , parecendo encabulada. Angeline começou a me beijar , calmamente , sem pressa alguma. Era bom , eu gostava de seu beijo doce . Suas mãos passaram pela minha barriga  , e tornaram a subir , passando a mão em meus braços, e pulando ligeiramente em cima de mim . As coisas ficaram serias a parti dai. Ela tirou minha blusa de frio e com agilidade tirei a dela . Vi sua pele se arrepiar quando beijei seu pescoço e seu sorriso quando passava a mão em sua barriga. Eu a amava!
-George? - Ela me chamava, mas não conseguia parar para olha-lá . - George ! - Ela soltou um gritinho agudo e me assustei . 
- O que? - Perguntei parecendo bravo . 
-Melhor não . Não agora. - Falou ela , puxando a coberta para cima dela.
- Por que não? Tem algo errado Angel? - Falei , sentindo o frio da manhã. 
- Acho que estamos adiantados de mais. Vamos esperar ok ? - Bufei, mas o que poderia fazer? 
- O.K .- Vesti minha blusa e sai do quarto

~x~

Fui direto para a sala do professor Caio entrei na sala e travei.
Observei cada pessoa e respirei fundo, eles me olhavam com nojo e desprezo, medo e ódio, e entendia o motivo daquilo, mas não queria acreditar, simplesmente fui para meu lugar e esperei a aula começar já que o professor não estava na sala. Um garoto alto, magro e de cabelos grandes até a metade do pescoço vinha em minha direção. Ele encostou o dedo em minha mesa me olhando perguntou.
-Como teve coragem?- Não consegui responder, seus olhos se encheram de raiva e perguntou novamente. -COMO TEVE CORAGEM? - novamente não respondi, sua respiração acelerou, seus lábios ficaram pretos, seus olhos vermelhos, e soltou um grito alto e forte que fez a sala nos olhar , com agilidade e rapidez ele puxou um bastão de basebol e levou até meu rosto com força fazendo os dois se chocarem e me derrubando no chão quase desmaiando, dei uma olhadela na sala e me apavorei, todos estavam com olhos vermelhos e lábios pretos, eles se aproximavam de mim aos poucos por um minuto pedi para apagar e nunca mais voltar à vida.

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