segunda-feira, 9 de maio de 2011

Auréola Negra. Capitulo 6 – Mistério.

Os dias ultimamente têm passado tão rápido quanto as horas. Já fazia um mês que estava namorando com Angeline. A cada dia que passava eu a amava mais, como isso podia acontecer? As brigas com Cayle pioravam a cada dia e Steven estava apostando mais do que podia (como sempre). E quem me contou isso foi Cayle, apesar das nossas brigas constantes.
Angeline estava no banheiro, e eu estava sozinho no quarto com Cayle.
- Pega isso. – Disse Cayle me jogando uma sacola com roupas.
- Para que essas roupas?
- Para usar? – Disse ela em tom de pergunta como se eu fosse retardado ou algo do tipo.
- Mas para que eu usaria isso? – Revirei a sacola e encontrei um terno.
- Você vai usar isso, porque primeiro, você não tem senso de classe ou elegância e segundo para Angeline não passar vergonha com você no baile, e use o terno.
- Mais terno?
- É agora espere a gente em outro lugar.


~ *~

No geral o terno me caiu bem, na verdade, eu estava morrendo de frio e essa roupa não ajudava muito. Steven que também está de terno, está com tanta raiva por usar-lo que prometerá queimar o terno quando voltássemos do baile.
- Vamos Steven, pare de reclamar que não é só você que esta com problemas com essa roupa. As meninas devem estar nos esperando.
Steven falou muitas coisas, palavrões que eu nem sabia, me achei inocente perto dele. Chegamos à porta do quarto delas, as oito em ponto, duas batidas na porta e ouvimos um: “Esperem mais alguns segundos.” Por que não dizer horas logo?
Meia hora depois a porta se abre, finalmente. A primeira é Angeline, seu longo vestido preto moldava seu corpo e ressaltava cada curva em sua perfeição, o vestido se abria como um copo de leite tendo uma calda longa atrás, seu vestido tinha um decote em V, quando ela se virou para pegar a calda que se arrastava percebi que suas costas estavam completamente nuas, seu cabelo longo e negro destacava sua pele branca. Se eu já tivesse visto um anjo á compararia com um.
- Como estou? – Perguntou Angeline pegando meu olhar indiscreto.
- Você está perfeita, como sempre. Vamos? – Disse a olhando.
- Vamos esperar a Cayle. – Angeline sorriu percebendo meu estado de bobo.
- Steven, apresse sua namorada.
- Eu estou indo. – Disse Cayle antes que Steven abrisse a boca.
Cayle saiu do quarto como um furacão que era fechando a porta num rompante e com sua habilidade de bruxa postou-se á frente de Steven.
- Gostou Steven? – Perguntou Cayle com a voz rouca.
- Você está apaixonante. – A voz de Steven ficou embargada ao responder, mas não dei um único olhar a Cayle, eu só tinha olhos para Angeline.
- Ei George! Vamos. – Disse já impaciente por ele não ter falado nem um A depois que Cayle apareceu.


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As portas do grande salão do internato Maria Louis que davam na quadra fechada estava enfeitada por pisca-piscas e luzes no teto. O mesmo no lado de dentro, só que luzes pulsantes rodopiavam pelo ambiente, além das muitas luzes, havia fitas de cores variadas. Mesas rodeavam o salão com comes e bebes, lugares para tirar foto e a musica estava sonorizando o lugar perfeitamente.
- Realmente, superaram o ultimo baile. – Falou Cayle puxando Angeline para o meio da multidão.
- Vamos cara! – Falou Steven.
- Não obrigada, não quero dançar. – Falei com falta de mentiras lá se foi à verdade. Desde criança (até onde eu me lembrava) eu não era bom em dançar. Fui em direção a mesa de doces enquanto comia alguns observava Angeline dançar. Ela era convidativa, provocante, intensa, se movia com o ritmo, ela não o perdia, ela estava incrivelmente sexy.
Fui tirado dos meus devaneios com Angeline por alguém me chamando.
- George! Ei! – Segui por instinto a voz que me chamava, era uma garota baixinha, robusta, estava num vestido perolado e quando percebeu que eu estava olhando em sua direção aproximou-se mais e falou: - Olhe, tem uma garota querendo falar com você. – Olhando-a mais de perto seu rosto não me era estranho, Brígida Phillepie, a vadia do ano.
- Eu tenho namorada. – Fui curto e grosso.
- Que legal, se você mudar de ideia... – E ela se virou.
- O que a Brígida queria com você? – Me assustei ao perceber quem falava comigo, Cayle.
- O que você tem haver com isso? – Falei enquanto a observava Cayle comendo alguns doces.
- Obviamente, nada, mas perguntar não mata. – Disse ela me lançando seu olhar de megera.
- Então tome cuidado com o que você pergunta, você pode estar falando com um serial killer. – Disse dando meu melhor sorriso de escárnio. Sai andando, não queria brigar com ela hoje. Fui para o lado de uma porta, quase sem perceber que estava lá, fiquei encostado observando o baile.
Tum, tum... Ouvi um barulho saindo de um pequeno quarto ao longo do corredor, “socorro!” alguém gritou. Sem pensar, corri até o quarto e abri a porta e entrei, não vi nada. Atrás de mim o “clac” da fechadura da porta trancando soou alto, tentei abri-lá, não consegui.
- Hei! Alguém ai? – Bati na porta, mas não havia ninguém, então desisti alguém sentiria minha falta.
- George...
Meu nome foi sussurrado. Paralisei, não havia como enxergar muito a lua iluminava a maio parte da sala, outros locais estavam escuros, o que não ajudava muito.
- Alguém ai? – Falei olhando a sala de canto a canto. Uma silhueta se revelou a luz da lua.
- A garota dos seus sonhos, aquela que você pode ter agora e á qualquer hora. – Ótimo alguém estava de brincadeira comigo nessa sala, continuei encostado na porta, enquanto observava a dona da voz andando em minha direção, esperei até que a lua iluminasse seu rosto. Eu não só cai numa armadilha, como numa chave de cadeia. Era Felipa, do mesmo tipo de Brígida, ou seja, farinha do mesmo saco.
- Abra essa porta, não estou para brincadeirinhas.
- Só deixo você sair quando você me der o que eu quero.
- O que você quer?
- Simples, você.
- Tenho uma idéia melhor! Que tal você abrir a porta e procurar outro idiota?
- Não. Já tenho um idiota melhor nessa sala. – Disse ela se aproximando ainda mais e mais e mais... Ela se jogou em cima de mim encostando seus lábios nos meus, á empurrei e ela caiu no chão.
 - Qual é o seu problema garota? Você é doente? Eu tenho namorada! Abra essa porta. AGORA!
- E daí? Não tenho ciúmes. – Disse ela se levantando.
- Abre essa porta! – Disse estridente.
- Já vi que não vou conseguir nada por agora. – Ela abriu a porta teatralmente e se encostou em mim passando a mão por minhas costas – Talvez depois?
Sai sem me dar o trabalho de responder. Cheguei ao salão e a festa estava mais agitada, vi Steven chegando ao meu lado, ele estava diferente, quase como ofegando, suas feições estavam entrecortadas com sua respiração, algo estava errado.
- Steven? Você está bem cara? – Quando ele levantou o rosto por completo eu vi seus olhos, eram vermelhos, uma vermelho vivo, como sangue.
- Steven, oque é isso? O que aconteceu? Seus olhos... – Antes que eu terminasse cai no escuro da minha inconsciência.

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Acordei sem saber onde estava eu estava zonzo, logo tudo clareou, vi o rosto preocupado de Angeline.
- O que aconteceu? – Perguntou ela.
- Eu não me lembro. - O salão ficou escuro as luzes se apagaram e o silêncio se deu por completo.
Algumas pessoas murmuravam um “o que aconteceu com á luz?” até que um barulho alto e forte calou por completo o salão. Um barulho de ossos, sendo quebrados. O mesmo barulho de quando quebrei o braço á um ano atrás.
A luz voltou, eu me levantei da cadeira onde estava ao lado de Angeline, Brígida gritava. Ela chorava esperneava, apontando para cima, seu grito foi seguido por vários.
Olhei para cima e vi Felipa Jhekes, banhada em sangue por todo seu vestido branco no meio do salão e com formas estranhas no seu corpo, ela estava deformada, seus ossos completamente quebrados, ela estava sendo sustentada e estrangulada por uma fita no pescoço no meio do salão. A cena era horrível demais, tudo piorou quando olhei para minhas roupas, eu estava sujo de sangue e os olhares começaram a se direcionar a mim.

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Eu sei gente, demorou pra sair, mas saiu. Espero que vocês tenham curtido esse capitulo que revisei as pressas... Vida de estudante não é fácil. Deem uma olhada no próximo post:
http://sagadangelos.blogspot.com/2011/05/que-tal-dar-uma-lida-nesse-livro-aqui.html


Alana.

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